Zeus e a cabra
Zeus é o filho caçula de Crono, o deus do tempo, e
de Reia. Mas nenhum de seus irmãos
estava presente quando ele nasceu, pois não tinham visto a luz do Sol por muito
tempo. Crono
soube por um oráculo que um de seus filhos tomaria seu lugar no trono. O
oráculo é uma previsão
do futuro que nunca falha, porque é feita por um deus. Mesmo assim, o pai
tentou evitar que a
profecia se cumprisse. Para isso devorava cada criança que nascia, uma a uma.
Reia não podia mais suportar ver seus filhos tratados desse jeito. Então,
quando Zeus
nasceu, deu ao marido uma pedra, enrolada em um pano, para que ele a engolisse,
e escondeu o
bebê no fundo de uma caverna, na ilha de Creta, longe dos olhos de todos.
Lá, a criança cresceu sob os cuidados das Ninfas, divindades que protegem e
representam
a natureza. Como todo menino, Zeus adorava brincar. Adrasteia, uma de suas mães
de criação,
fez para ele uma bola especial: quando projetada no ar, ela deixava atrás de si
um rastro azulado.
Era esse o seu brinquedo favorito. Mais tarde, quando adulto, sua diversão era
atirar raios em
direção à Terra durante as tempestades. Também eles riscavam o céu de azul. A
criança Zeus
era alimentada por abelhas, que produziam mel só para ele, e por uma cabra,
Almateia, que lhe
dava de mamar. O menino apegou-se ao animal e eles se tornaram inseparáveis.
Quando ela
morreu, Zeus fez de seu couro um escudo, com o qual enfrentou seu pai e
libertou seus irmãos.
Foi assim: Zeus fez com que Crono tomasse uma poção e cuspisse os filhos, um
por um. Eles
estavam todo o tempo vivos, dentro do estômago do pai. Já do lado de fora,
ajudaram o irmão
caçula a tomar o poder e a vigiar Crono, para que não voltasse a ameaçá-los.
Como se vê, Crono
era esperto, mas Zeus era mais.
Bem que se diz que filho de peixe peixinho é!
Adriane Duarte. O nascimento de Zeus e outros
mitos.
1. Qual a profecia que o
oráculo fez sobre Crono?
______________________________________________________________________________________
2. Como Crono
fez para evitar que a profecia se cumprisse?
_______________________________________________________________________________________
3. “Bem que se diz que filho de peixe, peixinho é!”
O significado da expressão acima é
(A) quando uma
pessoa fala a outra se cala.
(B) cada
pessoa no seu devido lugar.
(C) melhor o pouco dado no momento do que o muito
prometido.
(D)
filho e pai tem a mesma profissão e
com competência.
4. Leia com atenção o texto e
complete as palavras, que estão faltando letra, utilizando G ou J.
Certa
vez, Carlinhos deu um jeito para fazer seu pai gostar de andar de jipe.
Por que de jipe? Porque seu tio Gino - um homem muito gentil - havia comprado
um - do jeito que toda criança gosta - aberto e li__eiro. E num belo
gesto, convidou-os para um giro ao redor da cidade.
Tenho que
concordar, Carlinhos foi muito inteligente para convencer seu pai - se fez
de an__inho e encheu ele de muitos beijinhos, prometendo que não mexeria na
__eleia de graviola, que sua mãe havia colocado na geladeira.
A ansiedade
pelo passeio foi tão grande, que não percebeu que havia saído de casa em __ejum
- mas não ligou - comeria algumas sementes de girassóis, que seu pai levara
para atrair a atenção dos papagaios, que ficavam sobre as árvores da estrada.
Ao longo de
todo trajeto, o menino fazia muita ginástica para se manter sentado, e isso lhe
fazia sentir um pouco en__oado. Quem não estava gostando muito do passeio era
seu pai, que não disfarçava, e volta e meia se queixava dizendo que aquele tipo
de veículo não fazia seu gênero.
Carlinhos,
porém, rebateu as palavras de seu pai (e porque não dizer de uma forma injusta)
dizendo que aquele Jipe sim, é que dava gosto de passear - não aquela
__eringonça da carroça que tinham lá no sítio.
5. Segundo a história acima,
(A)
Carlinhos não convenceu seu pai a andar de jipe.
(B)
Carlinhos, durante o trajeto, fazia ginástica para se manter em pé.
(C)
o pai de Carlinhos gostou muito do passeio.
(D)
Carlinhos entendeu as atitudes do seu pai e concordou com ele.
6. No último quadrinho, a fala de Leloca: “Eu
faria coisas mais interessantes... se pelo menos prestassem atenção em mim!”,
deixa
claro o uso do verbo no modo
(A) indicativo, pois está
afirmando, com certeza.
(B)
subjuntivo, pois está falando hipoteticamente, é incerto.
(C)
imperativo, pois está fazendo um pedido, um conselho.
(D)
futuro, pois ela disse “Eu faria...”.
7. Por que Leloca disse que faria coisas mais
interessantes... se pelo menos prestassem
atenção
nela?
_______________________________________________________________________________________
8. “Mãe, eu escreveria um livro...”
O verbo “escreveria” traz na sua estrutura
(A)
o radical “escrever”, vogal temática “e”, desinência “ria”.
(B)
o radical “escrever”, vogal temática “i”, tema “escreve”, desinência “ria”.
(C)
o radical “escrev”, vogal temática “e”, desinência “ia”.
(D)
o radical “escrev”, vogal temática “e”, tema “escreve”, desinência “ria”.
A ciência é masculina?
Attico Chassot
Editora Unisinos, R$ (51) 590-8239
104 págs. R$ 12.
O autor procura mostrar que a ciência não é feminina. Um dos maiores exemplos que se pode dar dessa situação é o prêmio Nobel, em que apenas 11 mulheres de ciências foram laureadas em 202 anos de premiação. O livro apresenta duas hipóteses, uma histórica e outra biológica, para a possível superação do machismo em frase como a de Hipócrates (460 – 400 a. C.) considerado o pai da medicina, que escreveu: “A língua é a última coisa que morre em uma mulher”.
Revista GALILEU, Fevereiro de 2001.
9. A expressão “dessa situação” (l. 2) refere-se ao fato de
(A) a ciência não ser feminina.
(B) a premiação possuir 202 anos.
(C) a língua ser a última coisa que morre em uma mulher.
(D) o pai da medicina ser Hipócrates.
O Galo e a Raposa
No meio dos galhos de uma árvore bem alta um galo estava empoleirado e cantava a todo o volume.
Sua voz esganiçada ecoava na floresta. Ouvindo aquele som tão conhecido, uma raposa que estava caçando se aproximou da árvore. Ao ver o galo lá no alto, a raposa começou a imaginar algum jeito de fazer o outro descer. Com a voz mais boazinha do mundo, cumprimentou o galo, dizendo:
- Ô meu querido primo, por acaso você ficou sabendo da proclamação de paz e harmonia universal entre todos os tipos de bichos da terra, da água e do ar? Acabou essa história de ficar tentando agarrar os outros para comê-los. Agora vai ser tudo na base do amor e da amizade. Desça para a gente conversar com calma sobre as grandes novidades!
O galo, que sabia que não dava para acreditar em nada do que a raposa dizia, fingiu que estava vendo uma coisa lá longe. Curiosa, a raposa quis saber o que ele estava olhando com ar tão preocupado.
- Bem - disse o galo - ,acho que estou vendo uma matilha de cães ali adiante.
- Nesse caso, é melhor eu ir embora - disse a raposa.
- O que é isso, prima? - disse o galo. - Por favor, não vá ainda! Já estou descendo! Não vá me dizer que está com medo dos cachorros nesses tempos de paz?!
- Não, não é medo - disse a raposa - mas... e se eles ainda não estiverem sabendo da proclamação?
Moral: cuidado com as amizades muito repentinas
Fonte: Fábulas de Esopo, Ed. Companhia das Letrinhas
10. “- Por favor, não vá ainda!” Analise essa frase e assinale em que modo imperativo está.
( ) Afirmativo. ( ) Negativo. ( ) Não está no modo imperativo.
11. Explique a moral da história acima: O galo e a raposa.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12. Segundo o texto, a raposa foi embora porque
(A) percebeu que o galo não acreditou na sua amizade.
(B) ficou com medo da matilha de cães que o galo falou estar vendo.
(C) estava com pressa, pois estava atrasada para um encontro.
(D) estava com medo do galo.
13. “Sua voz esganiçada ecoava na floresta.”
O termo em negrito: na floresta é um adjunto adverbial
(A) de afirmação.
(B) de modo.
(C) de lugar.
(D) de intensidade.
14. Complete a frase abaixo com adjuntos adverbiais.
Sua voz esganiçada ecoava _________________________ no _____________________ e isso perdurou por toda a ___________________.
15. “Desça para a gente conversar...”
Reescreva a frase acima, passando-a para o modo imperativo negativo.
_____________________________________________________________
Lendas do
nosso folclore
Mula-sem-cabeça
É um animal quadrúpede com aparência de
mula, como o próprio nome diz. Não tem cabeça e solta fogo pelo pescoço. Soluça
como se fosse gente e, com seu galope, assusta as pessoas que saem a andar nas
noites de lua cheia. Para afugentá-la, basta esconder dentes e unhas.
Nosso
folclore, de Maria Regina Pereira e Zuleika de Almeida Prado. São Paulo:
Ave-Maria, 1999.
16. As palavras que se referem à expressão “mula-sem-cabeça” são
a) fogo / unhas.
b) gente / galope.
c) pessoas / dentes.
d) animal quadrúpede / la (afugentá-la).
17. “Para
afugentá-la, basta esconder dentes e unhas.”
O verbo afugentar recebe um
pronome ao final: la. A palavra destacada está se referindo a quem?
a) cabeça.
b) mula.
c) mula-sem-cabeça.
d) fogo.
Leia o texto abaixo.
O Galo e a
Pedra Preciosa
(Esopo)
Um Galo, que procurava no terreiro, alimento para
ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e
valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado:
— Se ao invés de mim, teu dono tivesse te
encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase
certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e
de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de
milho, a que todas as joias do Mundo!
Moral da História: A necessidade de cada um é o que
determina o real valor das coisas.
Disponível: www.sitededicas.com.br
18. O tema
desse texto é:
a) a beleza e o valor da pedra preciosa
b) a relação entre valor e necessidade
c) o alimento preferido de galos e galinhas
d) o encontro do galo com a pedra.
19. Assinale o termo que não
foi empregado para se referir à Úrsula:
a)
Úrsula (repetição).
b)
Ela.
c)
Sua amiguinha.
d)
A elefanta.
20. O dia de Suriá e sua amiga não foi muito
bom. Como ele foi caracterizado?
a)
bacana.
b)
quebrado.
c)
dolorido.
d)
machucado.
21. No último
quadrinho, o uso das letras maiúsculas e do uso da exclamação revelam que
Mafalda icou
a) triste.
b) preocupada.
c) alegre.
d) indignada.
22. “Está
vendo, é só pôr a sementinha, cobrir...”
A palavra destacada é
a) um substantivo e está no grau aumentativo.
b) um adjetivo e está no grau diminutivo.
c) um substantivo e está no grau diminutivo.
d) um adjetivo e está no grau superlativo.
LEIA O POEMA
Se a
gente olha de cima, parece tudo parado.
Mas por
dentro é diferente.
A
floresta está sempre em movimento.
Há uma
vida dentro dela que se transforma sem parar.
Vem o
vento.
Vem a
chuva.
Caem as
folhas.
E
nascem novas folhas.
Das
flores saem os frutos.
E os
frutos são alimento.
Os
pássaros deixam cair as sementes.
Das
sementes nascem novas árvores.
As
luzes dos vaga-lumes são estrelas na terra.
E com o
sol vem o dia.
Esquenta
a mata.
Ilumina
as folhas.
Tudo
tem cor e movimento.
ÍNDIOS TICUNA. Qualquer vida é muita
dentro da floresta. In:
O livro das árvores. 2. ed. Organização
Geral dos Professores
Ticuna Bilíngües, 1998. p. 48.
23. A ideia central do poema é
a) a chuva na floresta.
b) a importância do sol.
c) a vida na floresta.
d) o movimento das águas.
24. No trecho “Há uma vida dentro dela que se
transforma sem parar.”, a palavra sublinhada refere-se à:
a) floresta.
b) chuva.
c) terra.
d) cor.
Leia o
texto abaixo.
Nas asas
da imaginação da Janaina
Os
olhinhos puxados de Janaina Tokitaka explicam muita coisa. Sua ligação com a
cultura oriental é forte em seu trabalho como escritora e ilustradora e, volta
e meia, ela conta mais um pouquinho de uma lenda, de uma crença, de uma
história inspirada nos costumes do outro lado do mundo que ela ouviu. É assim
em Asas de Dragão, seu novo livro [...], fresquinho, fresquinho. E colorido de
dar gosto de ver. São duas histórias que viram uma só justamente no meio do
livro. Um dragão macho e um dragão fêmea que viviam muito sozinhos até
resolverem se arriscar e voar pelo mundo desconhecido. Um sai da montanha, o
outro da caverna. E fico aqui pensando quantas vezes ficamos inatingíveis na
montanha ou escondidos na caverna, sem nos arriscar a enxergar o mundo de outra
forma, sair da nossa zona de conforto para descobrir coisas novas.
As
descobertas podem ser muito boas, como mostra Janaina. E quantas vezes olhamos
para nosso mundo sem encontrar os mistérios e encantamentos que existem nele,
todos os dias, ao nosso redor. Isso é um pouco sobre o que se trata o segundo
livro que Janaina está lançando, chamado Novos Moradores [...]. Um dia, dentro
do sapato do pai, aparece uma aranha. No outro dia, uma planta cresce no
calçado. Só a menina vê aquilo tudo acontecendo. Ela tenta alertar os pais, mas
eles estão sempre muito ocupados, não conseguem enxergar. Então, os absurdos
começam: focas na geladeira, felinos na sala, bichos-preguiça na cadeira,
baleias na banheira. Como os pais reagem? Eles apenas tentam se acostumar. Mas
a menina, essa sim, sabe aproveitar. [...]
CARARO,
Aryane. Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/estadinho/>. Acesso
em: 21 ago. 2013. Fragmento.
25. Nesse
texto, no trecho “... seu novo livro [...], fresquinho,...” (ℓ.
4-5), a palavra destacada significa que o livro
a) é muito
colorido.
b) é fácil
de ser lido.
c)
apresentou novas histórias.
d) acabou
de ser publicado.
A lebre e a tartaruga
(Esopo)
A lebre
vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que
encontrou a tartaruga.
–Eu
tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora –desafiou a
tartaruga. A lebre caiu na gargalhada.
–Uma
corrida? Eu e você? Essa é boa!
–Por
acaso você está com medo de perder? –perguntou a tartaruga.
–É mais
fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você –respondeu a
lebre.
No dia
seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal
da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não
se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que
resolveu tirar uma soneca. "Se aquela molenga passar na minha frente, é só
correr um pouco que eu a ultrapasso" – pensou.
A lebre
dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e
constante, passou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora.
Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a
linha de chegada em primeiro lugar. Desse dia em diante, a lebre tornou-se o
alvo das chacotas da floresta. Quando dizia que era o animal mais veloz, todos
a lembravam de uma certa tartaruga...
Moral
da história: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente.
Disponível: https://www.metaforas.com.br/infantis/a_lebre_ea_tartaruga.htmL. Acesso 29 set 2019.
26. A ideia
expressa pelo termo grifado em “Quando dizia que era o animal
mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga”
a) é de modo.
b) é de tempo.
c) é de afirmação.
d) é de intensidade.
Leia os
textos abaixo.
Texto 1
Campanha Lixo Zero: quanto mais informação, menos lixo no
chão
Segundo o presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana
(Comlurb), Vinícius Roriz, o objetivo do programa é reduzir os gastos com a
limpeza das ruas, que somam R$ 90 milhões por mês, 15% do orçamento da empresa.
Ele enfatizou que não pretende comprar mais lixeiras ou papeleiras e espera
contar com a conscientização da população. “Queremos transformar o
comportamento da população. Tem cidades limpíssimas, como Tóquio, em que você
quase não vê lixeiras.”, afirmou Roriz.
A fiscalização começou no dia 20/08, pelo Centro, Zona Sul e
parte do subúrbio, com base na Lei de Limpeza Urbana, de setembro de 2001 (Lei
3273/01). As multas variam de R$ 157 a R$ 3 mil, conforme a quantidade e
natureza dos detritos. As multas são aplicadas na hora, por meio de um
smartphone e de uma impressora portátil. Os fiscais também distribuem sacolas
de lixo para conscientizar a população. O cidadão que for multado e não pagar
poderá ter seu nome protestado e até inscrito em
instituições de proteção ao crédito. Caso se negue a
apresentar qualquer documento, ele será levado a uma delegacia, para que seja
feito o registro de ocorrência. [...]
Disponível
em:
<http://www.revistadomeioambiente.org.br/capa/142-campanha-lixo-zero-quanto-mais-informacao-menoslixo-no-chao>.
Acesso em: 23 out. 2013. Fragmento.
Disponível
em:
<http://www.rioonibus.com/2013/07/12/rio-onibus-apoia-mais-uma-campanha-de-utilidade-publica/>.
Acesso em: 23 out. 2013. (P060012F5_SUP) 15) (P060012F5)
27. Nesses
textos, qual é a informação em comum?
a) A aplicação de multas para quem for pego jogando
lixo no chão.
b) A campanha Lixo Zero começar em agosto.
c) A distribuição de sacolas de lixo pelas ruas.
d) A manutenção das lixeiras existentes nos bairros
cariocas.
Leia
o texto abaixo.
aguascristalinas.blogspot.com/
3. O que
torna a tirinha engraçada é
a) a 1ª fala, na apresentação feita.
b) a 1ª fala, no uso das reticências.
c) a 2ª fala, pela referência aos presentes.
d) a 2ª fala, no apelo forte da
aniversariante.
Leia o texto abaixo e responda as questões.
O Último
Computador
Luís Fernando
Veríssimo
Um
dia, todos os computadores do mundo estarão ligados num único e definitivo
sistema, e o centro do sistema será na cidade de Duluth, nos Estados Unidos.
Toda memória e toda informação da humanidade estarão no Último Computador. As
pessoas não precisarão ter relógios individuais, calculadoras portáteis, livros
etc. Tudo o que quiserem fazer – compras, contas, reservas – e tudo que
desejarem saber estará ao alcance de um dedo. Todos os lares do mundo terão
terminais do Último Computador. Haverá telas e botões do Último Computador em
todos os lugares frequentados pelo homem, desde o mictório ao espaço. E um dia,
um garoto perguntará a seu pai:
–
Pai, quanto é dois mais dois?
–
Não pergunte a mim, pergunte a Ele.
O
garoto apertará o botão e, num milésimo de segundo, a resposta aparecerá na
tela mais próxima. E, então, o garoto perguntará:
–
Como é que eu sei que isso está certo?
–
Ora, ele nunca erra.
–
Mas se desta vez errou?
–
Não errou. Conte nos dedos.
–
Contar nos dedos?
–
Uma coisa que os antigos faziam. Meu avô me
contou. Levante dois dedos, depois mais dois... Olhe aí. Um, dois, três,
quatro. Dois mais dois quatro. O computador está certo.
–
Bacana. Mas, pai: e 366 mais 17? Não dá para
contar nos dedos. Jamais vamos saber se a resposta do Computador está certa ou
não.
–
É...
–
E se for mentira do Computador?
–
Meu filho, uma mentira que não pode ser
desmentida é a verdade.
Quer
dizer, estaremos irremediavelmente dominados pela técnica, mas sobrará a
filosofia.
28. No trecho: O garoto apertará o botão e, num
milésimo de segundo, a resposta aparecerá na tela mais próxima. A expressão
destacada significa o mesmo que
a) depois de muito tempo.
b) em um minuto.
c) muito rápido.
d)
durante mil anos.
29.
Segundo o texto, o Último Computador será criado porque
a) “as pessoas
não precisarão ter relógios individuais, calculadoras portáteis, livros etc”.
b) “(...) tudo
que desejarem saber estará ao alcance de um dedo”.
c) “(...) jamais
vamos saber se a resposta do Computador está certa ou errada”.
d)
“(...) estaremos irremediavelmente dominados pela técnica (...)”.
Leia o texto abaixo.
30.
Podemos concluir que o anúncio
a) promove
uma marca de sapato.
b) divulga
uma marca de objetos masculinos.
c) atinge
o público de um modo geral.
d) é voltado para o público feminino.
Leia o texto abaixo.
A CASA
(Vinícius de Moraes)
Rio de Janeiro , 1970
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque a casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero.
MORAES,
Vinicius de. Nova antologia poética. Sel. e org. Antônio Cícero e
Eucanãa Ferraz. São
Paulo:
Companhia das Letras, 2003.
31.
Nos versos: “Ninguém podia / Entrar nela não”, o termo destacado
refere-se à
a) casa.
b) rede.
c) parede.
d)
rua dos Bobos.
Leia o texto abaixo.
Matam ou engordam?
Tem uma coisa que os adultos dizem que
eu tenho certeza de que aborrece as crianças: “Vá lavar as mãos antes de comer!
Ela está cheia de micróbios. Não coma esse troço que caiu no chão! Lave logo o
machucado, senão os micróbios tomam conta!” Daí a criança vai logo pensando:
“Coisa chata essa de micróbio!” E eles vão ficando com essa fama de
monstrinhos, sempre prontos a atacar em caso de desleixo.
Mas sem micróbios e bactérias também
não dá para viver, porque há um montão deles que são essenciais para manter
vida em nosso planeta. Quando a gente vai lavar as mãos antes de comer fica até
meio desapontado, pois não vê micróbio nenhum. E acha aquilo um exagero. É que
os micróbios são microscópicos.
Os micróbios - não há como negar - são
responsáveis por uma série de aborrecimentos: gripe, sarampo, tifo, malária,
febre amarela, paralisia infantil e um bocado de coisas mais. Mas também há
inúmeros micróbios benéficos, que decompõem o corpo morto das plantas e
animais, transformando suas moléculas complexas em moléculas pequenas,
aproveitáveis na nutrição das plantas.
O vilão de nossa história, portanto,
não é totalmente malvado. Se ele desaparecesse, nós também acabaríamos junto
com ele.
Adaptado: CIÊNCIA HOJE DAS CRIANÇAS.
Rio de Janeiro: SBPC, ano 6. n.30, p.20-23.
32. O assunto do
texto é:
a) a chatice dos micróbios.
b) a falta dos micróbios.
c) o papel
dos micróbios.
d) o desaparecimento dos micróbios
33. Leia o trecho
retirado do texto:
No trecho: “.. Mas também
há inúmeros micróbios benéficos,
que decompõem o corpo morto das plantas e animais...” a palavra grifada significa:
a) que fazem mal
b) que causam aborrecimentos.
c) que fazem bem.
d) Que provocam doenças.
Leia o texto abaixo.
QUANDO TUDO ACONTECEU...
O
maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro
Lobato, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). Cresceu numa fazenda,
se formou em direito sem nenhum entusiasmo, já que sempre quis ser pintor! Em
1970 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem
teve três filhos. Entendido com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios,
fez traduções, mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura
arcaica, criou o polêmico “Jeca Tatu”, fez uma imensa e acalentada pesquisa
sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo. – Em 1918 lançou, com
sucesso, seu primeiro livro de contos Urupês. – Em 1920 lançou A MENINA DO
NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Voltolino, conseguindo sua adoção em
escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares. – morreu em 4 de julho de
1948 dum acidente vascular. – Suas obras completas são constituídas por 17
volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios,
artigos e correspondência.
Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Monteiro_Lobato. Acesso 29 set. 2019.
34.
A finalidade do texto é:
a) apresentar
dados sobre o polêmico “Jeca Tatu”
b) divulgar os
livros do autor, aumentando as vendas
c) informar sobre
a vida do autor
d)
instruir sobre a importância da leitura
Leia
o texto abaixo.
Hotel
mal-assombrado
Drácula é um pai superprotetor e todo meiguinho com a filha Mavis,
dá para acreditar? Acredite! Na animação Hotel Transilvânia [...] o vampiro
chama sua filha com todos os diminutivos carinhosos possíveis. [...] Sua
principal missão na vida é proteger a filha dos humanos. Para isso, ele
constrói um hotel numa região livre de homens, onde os monstros podem relaxar
sem precisar se esconder nas sombras. Quando a adolescente Mavis completa 118
anos, seu pai resolve fazer um festão! Chama Frankenstein, Lobisomem, Múmia,
Homem Invisível e todo tipo de fera, acompanhado de esposa e filhos, para
comemorar. Acontece que, no meio da festa, um humano aparece. Jonathan é um
mochileiro que pode levar o hotel à falência se descobrirem que ele não é
totalmente livre de humanos. Drácula vai fazer de tudo para sumir com o rapaz.
Mas nada dá certo e Jonathan acaba se fantasiando de monstro para não ser
descoberto pelas assombrações verdadeiras. E Mavis, que só queria sair do
castelo e conhecer o mundo, acaba se apaixonando pelo rapaz. Vai ser confusão
na certa com Drácula!
Disponível em: <http://blogs.estadao.com.br/estadinho/>.
Acesso em: 1 out. 2012. Fragmento.
35. Nesse texto, o
trecho que apresenta uma opinião é:
a) “... ele constrói um hotel numa região livre de homens,...”.
(ℓ. 4)
b) “... no meio da festa, um humano aparece.”. (ℓ. 8)
c) “Jonathan é um mochileiro que pode levar o hotel à
falência...”. (ℓ. 9)
d) “Vai ser confusão na certa com Drácula!”. (ℓ. 13)
36. De acordo com
esse texto, a principal missão na vida de Drácula é
a) construir um hotel em uma região sem humanos.
b) dar uma festa de aniversário para sua filha Mavis.
c) proteger sua filha Mavis dos humanos.
d) sumir com o rapaz que aparece no hotel.
37. Nesse texto, o
trecho que marca a ideia de lugar é:
a) “Quando a adolescente Mavis completa 118 anos,...”. (ℓ. 6)
b) “... que ele não é totalmente livre de humanos.”. (ℓ. 9-10)
c) “... Jonathan acaba se fantasiando de monstro...”. (ℓ. 11)
d) “E Mavis, que só queria sair do castelo...”. (ℓ. 12)
Leia
o texto abaixo.
Nas
asas da imaginação da Janaina
Os olhinhos puxados de Janaina Tokitaka explicam muita coisa. Sua
ligação com a cultura oriental é forte em seu trabalho como escritora e
ilustradora e, volta e meia, ela conta mais um pouquinho de uma lenda, de uma
crença, de uma história inspirada nos costumes do outro lado do mundo que ela
ouviu. É assim em Asas de Dragão, seu novo livro [...], fresquinho, fresquinho.
E colorido de dar gosto de ver. São duas histórias que viram uma só justamente
no meio do livro. Um dragão macho e um dragão fêmea que viviam muito sozinhos
até resolverem se arriscar e voar pelo mundo desconhecido. Um sai da montanha,
o outro da caverna. E fico aqui pensando quantas vezes ficamos inatingíveis na
montanha ou escondidos na caverna, sem nos arriscar a enxergar o mundo de outra
forma, sair da nossa zona de conforto para descobrir coisas novas.
As descobertas podem ser muito boas, como mostra Janaina. E
quantas vezes olhamos para nosso mundo sem encontrar os mistérios e
encantamentos que existem nele, todos os dias, ao nosso redor. Isso é um pouco
sobre o que se trata o segundo livro que Janaina está lançando, chamado Novos
Moradores [...]. Um dia, dentro do sapato do pai, aparece uma aranha. No outro
dia, uma planta cresce no calçado. Só a menina vê aquilo tudo acontecendo. Ela
tenta alertar os pais, mas eles estão sempre muito ocupados, não conseguem
enxergar. Então, os absurdos começam: focas na geladeira, felinos na sala,
bichos-preguiça na cadeira, baleias na banheira. Como os pais reagem? Eles
apenas tentam se acostumar. Mas a menina, essa sim, sabe aproveitar. [...]
CARARO, Aryane. Disponível em:
<http://blogs.estadao.com.br/estadinho/>. Acesso em: 21 ago. 2013.
Fragmento.
38.
Qual é o assunto desse texto?
a)
A imaginação necessária para contar histórias.
b)
A ligação de Janaina Tokitaka com a cultura oriental.
c)
As descobertas realizadas por uma criança.
d)
As publicações da escritora Janaina Tokitaka.
39.
Nesse texto, no trecho “... seu novo livro [...], fresquinho,...”
(ℓ. 4-5), a palavra destacada significa que o livro
a)
é muito colorido.
b)
é fácil de ser lido.
c)
apresentou novas histórias.
d)
acabou de ser publicado.
40.
A autora desse texto pensa que as novas descobertas podem ser
a)
confortáveis.
b)
difíceis.
c)
perigosas.
d)
positivas.
LEIA
ATENTAMENTE ESTE ANÚNCIO.
41.
No texto, dentro do círculo, o trecho que indica uma consequência de incentivar
e acompanhar a vida escolar do filho é
a) “Pai que estuda com o filho[...]”
b) “[...] reforça o aprendizado”
c) “Todos pela educação”.
d) “Escola, família e comunidade”
Leia
o texto abaixo
Mulher
desmaia de tanto gargalhar
F.S.
tem 63 anos e mora na cidade italiana de Agrigento. Estava em casa sozinha
assistindo na tevê ao programa humorístico Stasera quando caiu numa
crise de riso descontrolada. Riu tanto que perdeu a consciência e desmaiou. Foi
hospitalizada. Quando recobrou os sentidos, olhou para o rosto do médico e
recomeçou a gargalhar, riu tanto que desmaiou de novo. Quando retomou a
consciência, no primeiro sorriso que deu o médico lhe aplicou um forte
sedativo. O hospital requisitou a fita do programa para saber o que levou F.S.
à crise de riso.
Revista
Isto É. São Paulo, Três, 24/4/2002.
Glossário
(Fonte: Dicionário Aurélio)
Recobrar -
retomar
Requisitar-
pedir
Sedativo – calmante
42.
No trecho “O hospital requisitou a fita do programa para saber o
que levou F.S. à crise de riso ”, a palavra em destaque dá ideia de
a)
finalidade.
b) tempo.
c) lugar.
d) causa.
Leia o texto
abaixo.
Um alarme bom pra
cachorro
Uma cachorra
vira-lata evitou a fuga de 118 presos de uma delegacia em São Paulo. A
cachorra, que atende pelo nome de Xuxa, é o bicho de estimação dos policiais da
delegacia. Quando viu um preso tentando escapar por um buraco, Xuxa começou a
latir e a morder os braços do preso fujão. O barulho da cadela chamou a atenção
dos policiais, que foram ver o que estava acontecendo. Resultado: Xuxa evitou a
fuga dos presos e se tornou a heroína da delegacia. A fuga estava sendo
planejada pelos presos há um mês. Eles cavaram um túnel que saía da cela e ia
até o lado de fora da delegacia.
Revista
Zá. São Paulo: Pinus, ano 3, n. 23, jul. 1998.
43. No trecho “Quando viu um preso tentando
escapar por um buraco, Xuxa começou a latir e a morder os braços do preso
fujão.”, a consequência da ação de Xuxa foi virar
a) a
heroína da delegacia.
b) a
fugitiva do presídio.
c) a
companheira dos presos.
d) o bicho de estimação dos policiais.
Leia
o texto abaixo.
Matam ou engordam?
Tem uma coisa que os adultos dizem que
eu tenho certeza de que aborrece as crianças: “Vá lavar as mãos antes de comer!
Ela está cheia de micróbios. Não coma esse troço que caiu no chão! Lave logo o
machucado, senão os micróbios tomam conta!” Daí a criança vai logo pensando:
“Coisa chata essa de micróbio!” E eles vão ficando com essa fama de
monstrinhos, sempre prontos a atacar em caso de desleixo.
Mas sem micróbios e bactérias também não
dá para viver, porque há um montão deles que são essenciais para manter vida em
nosso planeta. Quando a gente vai lavar as mãos antes de comer fica até meio
desapontado, pois não vê micróbio nenhum. E acha aquilo um exagero. É que os
micróbios são microscópicos.
Os micróbios - não há como negar - são
responsáveis por uma série de aborrecimentos: gripe, sarampo, tifo, malária,
febre amarela, paralisia infantil e um bocado de coisas mais. Mas também há
inúmeros micróbios benéficos, que decompõem o corpo morto das plantas e
animais, transformando suas moléculas complexas em moléculas pequenas,
aproveitáveis na nutrição das plantas.
O vilão de nossa história, portanto, não
é totalmente malvado. Se ele desaparecesse, nós também acabaríamos junto com
ele.
Adaptado: CIÊNCIA
HOJE DAS CRIANÇAS. Rio de Janeiro: SBPC, ano 6. n.30, p.20-23.
44. Na frase: “E eles vão ficando com essa fama de monstrinhos, sempre
prontos a atacar em caso de desleixo.” o termo destacado refere-se:
a) Adultos
b) crianças
c) Micróbios
d) Adultos e crianças
Niterói
Liliane Schowb
Passear
em Niterói pode ser muito divertido para as crianças, principalmente nos fins
de semana, quando as barcas estão vazias. O trajeto leva 20 minutos e as saídas
são entre 6 h e 23 h. As embarcações têm capacidade para 2000 pessoas e a
passagem custa R$ 3,00. Este serviço regular entre as duas cidades completou
155 anos no mês passado e, no Museu das Barcas, em Niterói, foi organizada uma
mostra comemorativa que contou um pouco de sua história.
“Curtindo
perto do Rio”. JORNALDO BRASIL, 5/12/97
45. De acordo com o
texto, os passeios em Niterói serão mais agradáveis nos fins de semana porque
a) há mais saídas à tarde.
b) as barcas estão vazias.
c) as embarcações têm capacidade para 2000 pessoas.
d) a viagem é mais longa.
A velha contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo dia ela
passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da
lambreta. O pessoal da Alfândega – tudo malandro– começou a desconfiar da
velhinha. Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da
Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou pra
ela:– Escuta aqui, vovozinha, o que a senhora leva nesse saco? A velhinha
sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os outros, que ela
adquirira no odontólogo, e respondeu: É areia!
PONTE PRETA, Stanislaw. Dois amigos e um
chato. 8. ed. São Paulo.
46. O uso de
palavras e expressões informais no texto revela
a) preocupação com a escrita.
b) espontaneidade com a linguagem.
c) formalidade com a linguagem.
d) cuidado com o vocabulário.
O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Fonte: BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida
Inteira. 20a ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
47. No poema,
observa-se que a palavra bicho é utilizada em sentido figurado porque refere-se
a
a) um homem com transtornos mentais que imitava um bicho.
b) um homem que era morador de rua e que vivia com os bichos.
c) um homem faminto que se comportava como se fosse um bicho.
d) um homem pobre que demonstrava ser tão agressivo quanto um
bicho.
Leia o texto e responda à questão.
Eu não sei como começou todo este papo de Lobo Mau,
mas está completamente errado.
Talvez seja por causa de nossa alimentação.
Olha, não é culpa minha se os lobos comem bichos
engraçadinhos como coelhos e porquinhos. É apenas nosso jeito de ser. Se os
cheeseburgers fossem uma gracinha, todos iam achar que você é Mau.
Fragmento do livro “A
verdadeira história dos três porquinhos”, de Jon Scieszka, s/p – São Paulo:
Companhia das Letrinhas, 1998.
48. O narrador da história é o:
a) porquinho.
b) coelhinho
c) homem.
d) Lobo mau.
Leia o texto
abaixo.
O LEÃO E O RATINHO
Esopo
Um
leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma boa árvore.
Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos
conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embaixo da pata.
Tanto
o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de esmagá-lo e deixou que fosse
embora.
Algum
tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores. Não conseguia se
soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros de raiva.
Nisso,
apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cordas e soltou o leão.
Moral: Uma boa ação ganha outra.
Fonte:
Ler e escrever: Livro de textos do aluno/Secretaria da Educação, FDE.
São Paulo: FDE, 2008
49. O leão conseguiu se soltar da rede dos
caçadores porque
a) prendeu o ratinho
com a pata.
b) desistiu de
esmagar o ratinho.
c) deixou o
ratinho ir embora.
d) o ratinho roeu
as cordas.
50. A fábula O leão e o ratinho quer
a)
ensinar o leitor, através da situação mostrada.
b)
descrever as relações dos animais na floresta.
c)
revelar grandes segredos ao leitor.
d) contar sobre a fuga do leão.
51. A expressão que apresenta uma característica
momentânea, revelando a opinião do narrador na fábula O leão e o ratinho é
a) “fazia a
floresta inteira tremer”.
b) “todos conseguiram
fugir”.
c) “cansado de
tanto caçar”.
d)” dormia espichado”.
Fonte: ZIRALDO, A. As melhores tiradas do Menino
Maluquinho / Ziraldo: ilustrações do autor,
Mig e equipe. São Paulo: ed. Melhoramentos,
2005, p.25.
52.
O Menino Maluquinho disse “OBA!”, no primeiro quadrinho. A forma como
foi registrada sua fala significa que ele está
a) sussurrando.
b) chorando.
c) cantando.
d) gritando.
53.
Da leitura da tirinha do Maluquinho, pode-se entender que
a)
é a primeira vez que Maluquinho foi engessado.
b)
a mãe não se preocupa com o comportamento do menino.
c)
o menino é agitado e costuma quebrar coisas.
d) o médico não tratou direito do
Maluquinho.
54. Na disputa sobre
o melhor celular, Leloca e seu amigo apontam qualidades para seus celulares.
A alternativa que usa
o grau superlativo é
a)
“Meu celular gasta menos bateria do
que o seu!"
b)
“A tela do meu celular é maior que a
sua!”
c)
“Meu teclado é menor que o seu!”
d)
“O meu celular é facílimo de mexer!”
LEIA A NOTÍCIA A SEGUIR.
A ativista Elisa Quadros Pinto Sanzi, a Sininho, uma das 23
pessoas acusadas de formação de quadrilha pelo Ministério Público do Rio,
incitou manifestantes a incendiar o prédio da Câmara Municipal do Rio, durante
um protesto em 2013, e a queimar um ônibus, em outro ato realizado no ano
passado. [...]Elisa também é apontada como uma das oito “responsáveis pela
decisão de incitar os ocupantes do movimento Ocupa Câmara a promoverem a queima
de um ônibus, o que foi feito após a realização de uma das reuniões fechadas da
frente (Independente Popular)”.
Disponível em:
<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,sininho-incitou-
incendio-da-camara-do-rio-diz-promotor,1531579>. Acesso em: 16 nov. 2019.
55. O verbo incitar,
utilizado duas vezes no texto, tem o sentido de
a) estimular.
b) obrigar.
c) pressionar.
d) desencorajar.
LEIA ATENTAMENTE.
Os primeiros dois meses de 2016 evidenciaram que a crise dos
refugiados seguirá no centro da agenda europeia neste ano. Nem mesmo o intenso
inverno no hemisfério norte e os mares agitados reduziram o fluxo de refugiados
chegando ao continente pelo mar. Em 2016, mais de 95,1 mil entraram na Europa
dessa forma, mais do que nos quatro primeiros meses do ano passado, segundo a
ACNUR (a agência da ONU para refugiados).Em 2015, mais de um milhão de
refugiados chegaram ao continente via mar, a vasta maioria pela Grécia. A maior
parte deles vem de Afeganistão (27%), Iraque (16%) e Síria (41%) – os dois
últimos países enfrentam guerras e a ascensão do Estado Islâmico, enquanto o
primeiro é tão instável que o seu governo pediu a países europeus no ano
passado que não deportassem afegãos porque não poderia garantir sua segurança
quando retornassem. É difícil, portanto, crer na estabilização desses três
países a médio prazo. É improvável que eles deixem de produzir refugiados.
Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/medio/
crise-de-refugiados-gera-batalha-interna-na-uniao-europeia/>. Acesso em: 16
nov. 2019.
56. Sobre a crise
dos refugiados, o autor sustenta a opinião de que
a) mais de um milhão de refugiados chegaram ao continente europeu
via mar, em 2015.
b) a maior parte dos refugiados vem do Afeganistão, do Iraque e da
Síria.
c) a estabilização dos países de origem dos refugiados é
improvável a médio prazo.
d) as guerras e a ascensão do Estado Islâmico fazem com que
refugiados deixem seus países.
LEIA.
S. Exa., o leitor
Deus é testemunha de que nada tenho contra os leitores. Pelo
contrário, se não existissem esses abnegados, não haveria livros nem jornais e
eu teria morrido de fome e tédio há muitos anos. Mas vamos e venhamos, não
devemos nos escravizar a eles, bajulando-os, procurando adivinhar o que eles
pensam ou desejam. Ao contrário dos restaurantes e balcões comerciais, nem
sempre os fregueses do nosso produto têm razão.
CONY, Carlos Heitor. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u150.shtml>. Acesso em:
15 nov. 2019.
57. O texto traz
evidências de que o autor é
a) um ator ou um novelista.
b) um professor ou um pesquisador.
c)um jornalista ou um escritor.
d)um bibliotecário ou um escriturário.
Leia atentamente e responda à pergunta.
Eutanásia é entendida como morte provocada por sentimento de
piedade à pessoa que sofre. Ao invés de deixar a morte acontecer, a eutanásia
age sobre a morte, antecipando-a. Assim, a eutanásia só ocorrerá quando a morte
for provocada em pessoa com forte sofrimento, doença incurável ou em estado
terminal e movida pela compaixão ou piedade. Portanto, se a doença for curável
não será eutanásia, mas sim o homicídio tipificado no art. 121 do Código Penal,
pois a busca pela morte sem a motivação humanística não pode ser considerada
eutanásia.
Disponível em:
<http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/87732/qual-a-diferenca-
entre-eutanasia-distanasia-e-ortotanasia>. Acesso em: 15 nov. 2019.
58. A palavra
homicídio, na situação descrita no texto, significa
a) facilitar a morte de uma pessoa que tem uma doença incurável.
b) tirar a vida de uma pessoa por uma situação violenta, como um
crime.
c) abreviar a vida de uma pessoa por piedade, por motivação
humanística.
d) antecipar a morte de uma pessoa que pode sobreviver a uma
doença.
LEIA O TEXTO.
Malala vivia no vale do Swat, no norte do Paquistão, onde sua
família dirige uma série de escolas. Em 2010, os radicais do talibã assumiram o
controle da região e proibiram as meninas de frequentarem a escola. Malala não
se intimidou e ficou famosa depois de criar um blog defendendo o direito das
mulheres. A fama quase lhe custou a vida. No dia 9 de outubro de 2012, ela
estava dentro de um ônibus escolar quando um pistoleiro a chamou pelo nome e
disparou três tiros contra sua cabeça. Durante semanas ela permaneceu em
condição crítica e foi levada de avião para o Hospital Queen Elizabeth, em
Birmighan, na Inglaterra. Depois de uma recuperação milagrosa a menina
tornou-se um símbolo da luta pelo direito à educação e contra o terrorismo.
Depois de discursar nas Nações Unidas Malala acabou sendo agraciada com o
Nobel. Mas sua coragem custou caro. Hoje ela vive exilada na Inglaterra e não
pode voltar para sua terra natal.
Disponível em: <http://www.diariodovale.com.br/noticias/0,96222,A-historia-da-menina-que-
ganhou-o-premio-Nobel.html#axzz42AAhVVdW>. Acesso em: 15 nov. 2019.
(Adaptado)
59. A história de
Malala tem diversos momentos fundamentais. Mas, o texto nos informa que o
acontecimento que gerou a mais importante mudança na sua trajetória foi
a) quando os radicais do Talibã assumiram o controle da região
onde ela morava.
b) quando as meninas da região foram proibidas de frequentar a
escola.
c) quando um pistoleiro entrou no ônibus escolar e disparou três
tiros contra ela.
d) uma demonstração de reconhecimento ao receber o Prêmio Nobel.
Leia o texto e, a seguir, responda as questões.
Esgoto para plantar
Iara Pinheiro
Esgoto é aquela água malcheirosa, cheia de detritos, que sobra
depois que a usamos, por exemplo, no vaso sanitário, ou para lavar louça. Mas
até isso pode ser útil para preservar o meio ambiente, sabia? Bem, claro que,
se despejado na natureza sem cuidados, o esgoto causa um problema danado –
polui rios, mares etc. Porém, cientistas criaram um jeito de aproveitar
elementos do esgoto para plantar mudas de espécies do cerrado, um dos biomas
mais ameaçados do Brasil.
Antes de despejar o esgoto em um rio, por exemplo, ele precisa ser
tratado, para retirar pelo menos uma parte das impurezas. Durante o tratamento,
a sujeira sólida é retirada, com aspecto escuro e pegajoso – o lodo. Guardou o
nome? Rico em matéria orgânica (restos de comida, por exemplo), é ele quem vai
ser usado como fertilizante para as mudas, depois de passar por dois processos
especiais: compostagem e vermicompostagem.
O primeiro é uma forma de transformar lixo em adubo com a ajuda de
microrganismos. Já o segundo faz a mesma coisa, só que com a ajuda de minhocas.
O resultado é um material rico em nutrientes de que as plantas precisam para
crescer fortes e saudáveis.
[...]
Disponível: <http://chc.org.br/esgoto-para-plantar/>. Acesso
em: 20 jan. 2017.
60. No trecho, “O
primeiro é uma forma de transformar lixo em adubo com a ajuda de microrganismos.”,
a palavra “primeiro” se refere-se ao/à
a) Iodo.
b) esgoto.
c) compostagem.
d) vermicompostagem.
61. No trecho, “
Rico em matéria orgânica (restos de comida, por exemplo), é ele quem vai ser
usado como fertilizante para as mudas, depois de passar por dois processos
especiais: compostagem e vermicompostagem.”.
A palavra “ele” se refere ao
a) rio
b) Iodo.
c) esgoto.
d) cerrado.
62. No segundo quadrinho, o ponto de interrogação após a
expressão “O quê?...” mostra que o gato está
a) comovido.
b) indignado.
c) desmotivado.
d) entusiasmado.
63. “... dá pra
desocupar esse telefone?” (quadro 1)
Ao ler a frase acima
até o verbo, percebemos
a) que o verbo desocupar pede um complemento, não tem
sentido completo.
b) que o verbo desocupar tem sentido completo, não precisa
de complemento.
c) que o complemento do verbo desocupar é chamado de objeto
indireto.
d) que o verbo desocupar
é chamado verbo intransitivo.
64. “... tá me
mandando sumir, sua grossa?
A frase acima está na
linguagem coloquial. Para que ela fique formal, devemos mudar a frase para
a) ... está mandando eu sumir, sua grossa?
b) ... está me mandando sumir, sua grossa?
c) ... tá mandando eu sumir, sua grossa?
d) ... tá me mandando sumir, sua grossa?
BOCA DE LUAR (Fragmento)
Você tem boca de luar, disse o rapaz para a namorada, e a namorada riu, perguntou ao rapaz que espécie de boca é essa, o rapaz respondeu que é uma boca toda enluarada, de dentes muito alvos e leitosos, entende? Ela não entendeu bem e tornou a perguntar, desta vez que lua correspondia à sua boca, se era crescente, minguante, cheia ou nova. Ao que o rapaz disse que minguante não podia ser, nem crescente, nem nova só podia ser lua cheia, uai. Aí a moça disse que mineiro tem cada uma, onde é que se viu boca de lua cheia, até parece boca cheia de lua, uma bobice. O rapaz não gostou de ser chamada de bobice a sua invenção, exclamou meio espinhado que boca de luar, mesmo sendo de luar de lua cheia, é completamente diferente – insistiu: com-ple-ta-men-te – de boca cheia de lua; é uma imagem poética[...]
Carlos Drummond de Andrade
65. O trecho da crônica representa a conversa entre um casal de namorados. O objetivo do rapaz, ao dizer que a moça tem boca de luar, foi
a) fazer uma piada.
b) fazer uma crítica.
c) fazer um elogio.
d) fazer uma brincadeira.
Leia o poema a seguir, que se aproxima bastante de uma crônica, pois capta um assunto do cotidiano:
Retrato
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?“
( Poema de Cecilia Meireles)
66. Com base no poema, pode-se afirmar que ele
a) apresenta um autorretrato.
b) demonstra um novo rosto.
c) transmite a alegria da mudança.
d) expressa emoção de se sentir jovem.
Leia a crônica abaixo para responder à questão:
O Homem Nu (Fragmento)
Fernando Sabino
Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
67. O texto de Fernando Sabino é uma crônica que
a) narra, em versos, um fato comum do cotidiano.
b) narra mudanças de hábito na vida das personagens.
c) narra um fato comum do cotidiano sem humor.
d) narra um fato do cotidiano de forma humorística.
Leia o texto e depois resolva as questões 4 e 5:
A outra noite
Rubem Braga
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
- Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
68. Na crônica, a frase que apresenta sentido conotativo é
a) [...] resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva [...]
b) [...] encontrei um amigo e trouxe de Copacabana [...]
c) [...] colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal [...]
d) [...] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar[...]
69. A expressão “noite preta, enlamaçada e torpe”, em linguagem metafórica, conotativa, serve para fazer referência à
a) noite sem luar e chuvosa.
b) noite clara e brilhante.
c) noite chuvosa e fria.
d) noite bela e calma.
Leia e resolva as questões 6 - 10:
A nuvem
— Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar! E meu amigo falou da água, telefone, Light em geral, carne, batata, transporte, custo de vida, buracos na rua, etc. etc. etc. Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no jornal, mas em termos.
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse carinho me faz bem; eu o recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas de meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão — e seus tradicionais buracos.
Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana
70. É correto afirmar que, a partir da crítica que o amigo lhe dirige, o narrador cronista
a) reflete sobre a obrigação de escrever sobre assuntos exigidos pelo público.
b) reflete sobre a oposição entre literatura e realidade.
c) reflete sobre diversos aspectos da realidade e sua representação na literatura.
d) defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais.
71. Em "E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga", o narrador
a) chama a atenção dos leitores para a beleza do estilo que empregou.
b) revela ter consciência de que cometeu excessos com a linguagem metafórica.
c) exalta o estilo por ele conquistado e convida-se a reverenciá-lo.
d) percebe que, por estar velho, seu estilo também envelheceu.
72. Com relação ao gênero do texto, é correto afirmar que a crônica
a) parte do assunto cotidiano e acaba por criar reflexões mais amplas.
b) tem como função informar ao leitor sobre os problemas cotidianos.
c) apresenta uma linguagem distante da coloquial, afastando o público leitor.
d) tem um modelo fixo, com um diálogo inicial seguido de argumentação objetiva.
73. No trecho “sem melancolia, porque sem ilusão” subentende-se que o narrador
a) sente-se incapaz de assumir compromissos amorosos e, por isso, não sofre.
b) não acredita no amor e, por isso, não sofre.
c) sabe que já está velho demais para o amor.
d) sente-se emocionalmente maduro e, por isso, não teme desilusões amorosas.
74. O texto apresenta um escritor inquieto a partir da reflexão que faz sobre
a) os problemas da sociedade.
b) as suas dificuldades literárias.
c) as suas antigas amizades.
d) os temas das suas crônicas.