domingo, 25 de agosto de 2013

PROJETO SOBRE DROGAS



Este projeto foi elaborado para a conclusão do Curso de Prevenção à Drogas, ofertado pelo MEC e o SENAD para os professores da rede pública. Ainda não o colocamos em prática, mas o faremos em breve. Se vocêquiser trabalhar com ele em sua escola, fique à vontade.


UNIDADE ESCOLAR ---------------------------------------- (INEP  ------------)














DROGAS: PREVENÇÃO É A SOLUÇÃO!





CURSISTAS:
ANTONIA DALVA VIANA SOUSA
ANTONIA RODRIGUES MASCARENHAS
CÁTIA DE SOUSA RIBEIRO
CÉLIA MARIA SILVA OLIVEIRA MOURÃO
KATIANNE CRISTINA FERREIRA CASTRO SILVA
MARIA CRISTINA DE SOUSA BARBOSA MOURA FÉ
AMARALTEIXEIRA REGO




TERESINA, MARÇO DE 3013.




INTRODUÇÃO

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD em parceria com o MEC, preocupados com o índice elevado do uso de entorpecentes por parte das crianças e adolescentes e constatando que a escola tem sido vista e utilizada por os traficantes como porta de entrada para chegarem até essas pessoas, têm procurado preparar docentes, gestores e funcionários de escolas para combater esse mal, através da oferta do Curso de Prevenção do Uso de Drogas, para que eles possam reconhecer momentos em que a droga está imperando no meio escolar ou situações de conflito que podem colaborar para que isso aconteça, e assim, fazer um trabalho de prevenção.
Um grupo composto por professores, gestores e funcionários da Unidade Escolar Adamir Leal decidiu fazer esse curso para embasar-se sobre o assunto e trabalhar a prevenção, quando necessário.
A Unidade Escolar citada acima está situada em um dos bairros mais populosos da capital, Teresina - PI, e como a maioria das outras apresenta diversos problemas como a falta de saneamento, de segurança, lazer. A maioria dos alunos é oriunda desse bairro. A escola atende 517 alunos na faixa etária entre 8 a 14 anos, não havendo predominância de gênero.
Estes alunos, na maioria, são de baixa renda e muitos estão em estado de vulnerabilidade, com pouco acesso à cultura e lazer.
 A maior parte das famílias dos alunos tem como provedora do sustento as mães, e com isso não disponibilizam de tempo até mesmo para acompanharem de forma efetiva a educação de seus filhos. Além disso, há outras que não fazem esse acompanhamento por falta de estrutura familiar, desinteresse, ou seja, não dão a verdadeira importância à educação de seus filhos.
Apesar dessa realidade, os alunos apresentam um bom desempenho, e quando isso não ocorre, a escola busca estratégias que envolva a família, desenvolvendo ações que trabalhem os princípios e valores de respeito, solidariedade, igualdade, criatividade, liberdade e diversidade. Despertando, assim, uma convivência de respeito entre professores, alunos e funcionários.
A escola desenvolve diversas atividades de acordo com o interesse dos alunos, como: aulas de campo, projetos e vídeo aulas. A questão do acesso dos alunos às atividades sociais e culturais, muitas vezes torna-se difícil, alguns por pouco interesse, outros por falta de recursos financeiros.
Sobre conhecer aos alunos, podemos dizer que isso ocorre em parte. Mas poderíamos melhorar com o desenvolvimento de atividades que levem o aluno a falar mais de si mesmo e também trabalhando projetos que aproximem as famílias da escola.
Infelizmente, devido às escolas não estarem tão próximas de seus alunos e suas famílias, ela não costuma perceber a infiltração da droga de forma rápida na vida de muitos adolescentes que são seus discentes, gerando conseqüências como desestrutura familiar e mais especificamente para o jovem usuário.
A escola, atualmente, vem sendo vista pelo traficante como local mais acessível às crianças e aos adolescentes. Sendo assim, eles comparecem à porta das escolas ou convencem alunos, funcionários, pais ou outro a induzir seu alvo a experimentarem o mundo  da droga.
Em relação a nossa escola, não temos percebido esse tipo de atitude por parte de traficante, porém há suspeita de alunos envolvidos com droga das mais variadas, principalmente cigarro, bebida alcoólica (consideradas lícitas) e a maconha, têm inclusive caso confirmado. Isso tem sido motivo de preocupação para o grupo gestor e docentes, levando a partilhar essa situação com o comando policial local, que pouco tem feito em relação a isso, e com os pais.
Mas se a nossa escola ainda não foi alvo direto desse tipo de pessoa, no entanto não está isenta, já que temos outras escolas próximas e nossos alunos têm sido alvo em praças locais, onde alguns alunos se dirigem no intervalo de descanso ou mesmo no término das aulas.
Em vista disso, cabe a nós refletirmos sobre os fatores de proteção e os de risco existentes na nossa escola. Quanto ao primeiro, os docentes comumente estimulam a prática das atividades escolares, a maioria procura trabalhar em sala de aula de forma criativa e estimulante. Além do mais, temos percebido no dia-a-dia que há fortes vínculos afetivos entre professor e aluno e também presença de afetividade e confiança no ambiente escolar. Nas reuniões escolares, geralmente ocorre verbalização das expectativas positivas com relação ao desempenho dos alunos.
Mesmo assim, ainda há pontos a serem melhorados, para que consigamos efetivamente prevenir e combater o uso de droga entre nossos alunos. Entre os fatores de risco existentes aqui, encontramos a questão das relações amistosas e de cooperação entre família e escola, pois os pais ou responsáveis costumam repassar a responsabilidade da educação de seus filhos para esta, devido ao acúmulo de trabalho ou mesmo fuga do seu papel frente à sociedade. Esses normalmente visitam o recinto escolar próximo ao final do ano letivo para reclamar ou pedir que seja tomada uma atitude para que seu filho não fique reprovado, sendo que pelo menos a cada bimestre é realizada uma reunião com pais e mestres para tratar do rendimento escolar dos alunos.
Ainda tem a questão das relações de respeito mútuo, compromisso e cooperação entre agentes educativos, que necessita de aprimoramento e trabalho de conscientização para alguns, além de estímulo e exercício dos princípios de altruísmo e cooperação, fundamentais para o bom andamento de um trabalho. Não que aqui não ocorra, mas precisamos chegar pelo menos próximos ao ideal.
Outro ponto fraco encontrado é a falta, na maioria das vezes, de negociação de normas, regras e limites, restringindo-se à imposição e punição da quebra destes. Isso costuma fazer com que alguns alunos entrem em conflito com professores, gestores e funcionários, como forma de chamar a atenção, dizer que querem participar das decisões tomadas em relação a eles.
E por último, temos as atitudes negativas, preconceituosas e excludentes, ainda muito fortes em nosso meio, apesar do trabalho de conscientização, seja através de projetos ou no dia-a-dia da sala de aula, visto termos alunos considerados “especiais” frequentando nossa escola. Mas não é só por isso, há também preconceito de raça, condição socioeconômica, aparência física e outros. Infelizmente, o “bullying” tornou-se comum entre os alunos, apesar do esforço de professores e gestores para que não ocorra.  
Fica aqui a sugestão de que devemos ampliar os fatores de proteção e buscar a solução para os fatores de risco, só assim, estaremos colaborando de forma efetiva para que nossos alunos realmente estejam protegidos da droga, pelo menos enquanto estiverem sob nossa responsabilidade.
Por esse motivo e também por ser uma das tarefas do Curso de Prevenção do Uso de Drogas, o grupo resolveu elaborar um projeto envolvendo o aluno, sua família e escola, para alertar quanto ao perigo da droga e trabalhar a prevenção do uso desta.









ASPECTOS TEÓRICOS

A criança e o adolescente têm direito à educação, alimentação, saúde (assistência médica gratuita), opinar e reivindicar sobre seus direito, ser respeitado e ao lazer.
       O Estatuto da Criança e do Adolescente é um elenco de direitos específicos de seres especiais, diferenciados, porque em constante desenvolvimento e totalmente dependentes das ações de outros seres humanos, os adultos. É uma lei moderna, fundamentada nas diversas declarações e convenções dos Direitos Humanos, que marcaram a segunda metade do século XX.
        É preciso que a sociedade, a família, o governo, reflitam e tenham ações coerentes. Querer combater o uso de drogas e todas as suas decorrências, sem que haja uma sociedade, capaz de atender com qualidade e dignidade a sua infância e juventude com melhores condições de vida, educação de qualidade e pública, e sobretudo, se continuar num país onde 50% dos jovens estão excluídos do mercado de trabalho e portanto sem as mínimas condições de terem um projeto de vida, estarão sendo condenados a não ter futuro.
Mesmo diante desse quadro, cada um tem que esforçar-se para fazer o melhor no que diz respeito às crianças e aos adolescentes, para que eles possam ter pelo menos o mínimo de dignidade e olhar para o futuro com perspectiva de uma vida melhor para si e para os seus.
A Escola não fica à parte no tocante à responsabilidade com as crianças e os adolescentes, já que estes normalmente passam por ela e é um dos lugares socialmente instituídos para a criança se inserir na cultura urbana, para que se relacione com o outro e com o conhecimento. É parte de uma dinâmica, onde o sujeito organiza e interpreta suas relações com o mundo interno e externo. É nela que aprendemos, a ler e a escrever, dois objetos socioculturais fundamentais numa sociedade letrada.
Essa instituição tem um papel realmente importante na vida de uma pessoa porque é nela que se começa a ter uma educação profissional de qualidade e também é por ela que todo mundo começa a formar a sua própria opinião e assim poder tomar decisões por conta própria.
Ela se situa de forma cada vez mais evidente em meio a um interesse de classes distintas com necessidades distintas. É vista com vários olhos, tanto como objeto educacional quanto um refúgio. Muitos pais pensam que a Escola se torna um meio de estar se livrando dos seus filhos e querem a Escola dêem a Educação adequada para eles. A incoerência social da Escola é fruto da Incoerência social da Sociedade, frutos da ganância e ambição de muitos.
Como função social a Escola é um local onde visa a inserção do cidadão na sociedade, através da inter-relação pessoal e da capacitação para atuar no grupo que convive. Forma cidadãos críticos e bem informados, em condições de compreender e atuar no mundo em que vive.
"É na Escola que se constrói parte da identidade de ser e pertencer ao mundo; nela adquirem-se os modelos de aprendizagem, a aquisição de princípios éticos e morais que permeiam a sociedade; na Escola depositam-se expectativas, bem como as dúvidas, inseguranças e perspectivas em relação ao futuro e às suas próprias potencialidades". (BORSA, 2007, p. 02).
E o Governo, qual o seu papel em relação a nossa população jovem? Sobre a articulação de ações públicas para a esses, a Constituição Federal, no artigo 224, prevê que "A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não-governamentais, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios" (ECA, 1990, p. 34). Todavia, para assegurar a pertinência dessas ações em relação às necessidades dessa população, tornam-se condições básicas o conhecimento e o reconhecimento da demanda de crianças e adolescentes com relação aos fatores que colaborem e proteja seu desenvolvimento, como saúde, educação, lazer, moradia, entre outros.
Sendo assim, buscando reconhecer as demandas e construir políticas públicas voltadas para população de até 18 anos, o governo federal prioriza questões relacionadas com o controle de doenças sexualmente transmissíveis, saúde reprodutiva, redução de mortalidade por acidentes e violência, controle do tabagismo e alcoolismo (Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada [IPEA], 2008). Isso evidencia ainda a supremacia da necessidade de controlar fatores que ofereçam "risco" ao desenvolvimento vital do jovem, negligenciando a necessidade de olhar para elementos vulnerabilizantes e o protagonismo da pessoa para superá-los.
Um dos elementos vulnerabilizantes é o uso e abuso de substâncias. A tendência mundial que aponta em direção à iniciação cada vez mais precoce e de forma mais pesada no uso abusivo de drogas tem sido motivo de reflexão. No Brasil, são referência os estudos realizados, desde 1987, pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) sobre o uso indevido de drogas por estudantes de 1º e 2º graus e crianças e adolescentes em situação de rua. Os resultados desses levantamentos confirmam que, no país, também há um consumo cada vez mais elevado de substâncias psicoativas entre crianças e adolescentes.
O último levantamento do CEBRID, realizado em 1997, revela que o percentual de adolescentes que já consumiram drogas (uso na vida) entre os 10 e 12 anos de idade é altíssimo: 51.2% usaram álcool; 11% usaram tabaco; 7.8% solventes; 2% ansiolíticos e 1.8% já se utilizaram de anfetamínicos nessa faixa etária. Cresceu a tendência para o uso freqüente de maconha, cocaína e álcool entre crianças e adolescentes (home page do Senado Federal).
Entre os atuais programas de promoção à saúde integrados na Política Nacional de Educação, temos: o Programa Saúde na Escola (PSE), Programa Mais Educação, que visam auxiliar a escola no cuidado de crianças, adolescentes e jovens.






OBJETIVOS

GERAL:
Trabalhar na rede interna da escola ações de prevenção do uso de drogas e comportamentos de risco associados, sob o enfoque da promoção da saúde do educando.

ESPECÍFICOS:
Levar os alunos do ensino fundamental, bem como sua família e a escola a se unirem em torno da prevenção do uso de drogas.
Identificar e coibir comportamentos de risco associados a drogas dentro da escola.
Incluir nos assuntos das disciplinas Língua Portuguesa, Matemática, História, Ciências, Geografia, Arte, Educação Física, Religião do ensino fundamental o tema “droga”, a ser trabalhado na sala de aula, dando enfoque à promoção da saúde do educando.

SUJEITOS DA INTERVENÇÃO

Alunos da 2ª a 8ª Série do Ensino Fundamental (turnos manhã e tarde).
Professores das disciplinas do ensino fundamental (sem limite de tempo de magistério).
Gestores (diretores e coordenadores dos turnos manhã e tarde).
Pessoal de apoio administrativo e serviços gerais (agentes de portaria, zeladores, merendeiras, secretárias, auxiliares administrativos, sem limite de tempo de serviço).
Famílias dos alunos (sem escolha de localidade, raça ou condição social, apesar da maioria ser de pouca condição social e algumas serem desestruturadas, não há homogeneidade nesses fatores).




METODOLOGIA

         

A metodologia a ser usada nesse projeto será:


  • De sensibilização (reunião com a equipe escolar e alunos)., para apresentação e discussão da proposta.
  • Reunião com pais e comunidade, para trabalhar a prevenção.
  • Prática de oficina com os alunos do ensino fundamental (manhã e tarde), acerca do tema.
  • Aplicação de atividades em sala de aula, através do trabalho da interdisciplinaridade.


Para tanto, faremos uso de recursos: humanos (alunos, professores, gestores, equipe escolar de apoio, pais ou responsáveis), materiais (cartolinas, colas, fita adesiva, pinceis, tesouras - doados por a escola, folhetos e folders sobre o assunto - doados por a Secretaria Municipal de Saúde local, físicos  (prédio escolar, mais especificamente  salas de aula, pátio e também financeiros (materiais usados nas atividades e oficinas e local serão ofertados por a escola, folhetos e folders sobre o assunto serão doados por a Secretaria Municipal de Saúde do município).

Quanto ao cronograma de execução, planejou-se da seguinte maneira:

ATIVIDADES
ABRIL
MAIO
JUNHO
Reunião com a equipe escolar e alunos

X


Reunião com pais e comunidade

X


Oficina com os alunos do ensino fundamental (manhã e tarde) 


X

Aplicação de atividades em sala de aula


X

Momento de avaliação e replanejamento do projeto



X





REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


  • Curso de prevenção do uso de drogas para educadores de escolas públicas / secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, ministério da Educação. – 5. Ed., Atual. – Brasília; Ministério da Justiça, 2012.



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