terça-feira, 19 de maio de 2020

GÊNERO: LENDA (LEYENDA)


Lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas com o objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a história e a fantasia. As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem escrita. Do latim legenda (aquilo que deve ser lido), as lendas inicialmente contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito se transformou em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua cultura.

Características de uma Lenda:

·         Se utiliza da fantasia ou ficção, misturando-as com a realidade dos fatos.

·         Faz parte da tradição oral, e vem sendo contada através dos tempos.

·         Usam fatos reais e históricos para dar suporte às histórias, mas junto com eles envolvem a imaginação para “aumentar um ponto” na realidade.

·         Fazem parte da realidade cultural de todos os povos.

·         Assim como os mitos, fornecem explicações aos fatos que não são explicáveis pela ciência ou pela lógica. Essas explicações, porém, são mais facilmente aceitas, pois apesar de serem fruto da imaginação não são necessariamente sobrenaturais ou fantásticas.

·         Sofrem alterações ao longo do tempo, por serem repassadas oralmente e receberem a impressão e interpretação daqueles que a propagam.

Conheça as principais lendas do folclore brasileiro:

·         Saci-pererê Nome de origem tupi-guarani, o Saci-pererê é uma das lendas brasileiras mais conhecidas. ...

·         Curupira. ...

·         Mula sem Cabeça. ...

·         Lobisomem. ...

·         Boitatá ...

·         Boto. ...

·         Cuca. ...

·         Negrinho do Pastoreio.

 Conheça outras lendas do folclore:


1. O assobiador - Venezuela


Há uma lenda urbana na Venezuela em torno de "El Silbón" (O Assobiador), uma figura conhecida nas planícies e pradarias do país.

O assobiador é geralmente descrito como um homem muito magro, vestido com roupa de vaqueiro e uma chapéu de aba larga que esconde sua face esquelética. Ele vagueia pelo campo e pelos matagais à noite, com ombros caídos e olhar para baixo, carregando uma bolsa pesada cheia de ossos e restos decompostos em suas costas.

Fiel ao seu nome, a entidade continuamente assobia muito alto. Ele também é muito alto e forte, com alguns relatos descrevendo-o como mais de seis metros de altura.

Há rumores de que ele ataca viajantes solitários, especialmente homens bêbados ou infiéis. Diz a lenda que apesar de seu assobio ser escutado alto e próximo, ninguém consegue ver de onde ele vem. E ao contrário da lógica, quando o som diminui e parece mais distante, é quando o assobiador está mais próximo.

 

 2. Chupacabra - Porto Rico


Apesar do Chupacabra também ser conhecido no Brasil, no México e nos EUA, essa lenda começou em Porto Rico.

Chupacabra é uma criatura que é conhecida por sugar o sangue de animais, em particular, de cabras. A descrição dessa criatura é que ela se parecia com um urso, mas tem espinhos nas costas que vão do pescoço até a cauda. Outras descrições acrescentam que tem pele escamosa.

Ele foi classificado como uma lenda urbana pois acredita-se que as testemunhas podem ter confundido a criatura com um coiote. Vários documentários tentaram localizar a criatura, mas nada foi comprovado.

  3. Bloody Mary (Maria sangrenta) - EUA


Teorias dizem que Bloody Mary foi inspirada na rainha Maria I da Inglaterra. Esta lenda foi contada de várias formas durante séculos, e tem versões em diversos países. Uma das versões mais populares conta que o espírito maligno de Bloody Mary pode ser convocado chamando seu nome três vezes em um espelho. Então, o espírito aparecerá no espelho como um cadáver coberto de sangue, ela se inclinará para frente e arrancará seus olhos, ou te puxará em direção a ela, te prendendo no espelho por toda a eternidade.

Essa lenda tem sua versão brasileira, que é conhecida como "Loira do Banheiro". Para invocá-la, as crianças deveriam ir ao banheiro e dar descarga três vezes, dizendo xingamentos.

 4. Black Shuck (cão negro) - Inglaterra


Black Shuck é o nome dado a um cão negro que dizem vagar pelo leste da Inglaterra. O cão é descrito como sendo grande e peludo, e costuma aparecer a noite. Esse animal geralmente é associado ao diabo, e sua aparição é considerada um presságio da morte.

Por outro lado, algumas histórias dizem que esse animal ajuda os viajantes perdidos a chegarem aos seus destinos, contradizendo as afirmações de que traz má sorte entrar em contato com a criatura.

Conheça também a história de Krampus, o demônio do natal.

 5. Nora, a freira - País de Gales


Uma mulher chamada Nora assombra alguns bosques no País de Gales. Perto de uma floresta, há um antigo castelo do século XII ou XIII, onde dizem que ela viveu. Há relatos de que muitas pessoas a viram, e até acidentes de carro aconteceram perto desse bosque, que ocorriam quando a pessoas desviavam de uma freira que aparecia em pé no meio da estrada.

A lenda diz que Nora era uma freira que morava neste castelo, e ela conheceu um guarda que a engravidou. Depois que seu pecado foi descoberto, ela deveria ser executada por ir contra a palavra de Deus, mas ela correu do castelo com o bebê e escondeu-o no tronco de uma árvore, com a intenção de voltar para buscá-lo depois que escapasse de seus perseguidores.

Ela finalmente conseguiu escapar, mas quando voltou para o bebê, ela não conseguiu encontrá-lo. Nora vasculhou a floresta dia e noite até que acabou morrendo, e a lenda conta que ela nunca irá descansar até encontrar o bebê.

 6. O basilisco - Suíça


Essa lenda urbana diz que sob uma certa fonte existe um tipo de "Câmara Secreta" onde, uma vez, um basilisco fez seu ninho. Ele tinha cabeça e pés de ave e um corpo de lagarto, com asas semelhantes à dragões.  Foi dito que ele nasceu quando uma galinha abandonou um ovo, que foi adotado e chocado por uma cobra. Então, ele costumava vagar pelas ruas à noite e procurar por sua mãe que o abandonou.

Essa lenda urbana surgiu por volta do século XI, mas até hoje o animal é importante para a cidade, existindo estátuas de basilisco em muitas das fontes do país.

  7. A aldeia amaldiçoada de Kuldhara - Índia


Segundo a lenda, o maligno Salim Singh, primeiro-ministro do Estado, se interessou pela filha do chefe da aldeia de Kuldhara, na Índia. Ele desejava casar-se com ela a todo custo, ameaçando a aldeia caso seu desejo não se realizasse.

Mas em vez de se submeter à ordem do tirano, a população da aldeia decidiu abandonar seus lares ancestrais e desaparecer. E isto não foi tudo; antes de sair, eles lançaram uma maldição em Kuldhara de que ninguém jamais seria capaz de viver naquela aldeia depois disso. Desde então, a aldeia permanece estéril, e mesmo hoje visitá-la é apenas algo que os corajosos fariam.

Também é dito que pessoas que tentaram ficar lá à noite foram perseguidas por estranhos fenômenos paranormais. Os membros da Sociedade Paranormal de Nova Deli ficaram uma noite na aldeia e relataram acontecimentos sobrenaturais, como sombras, passos, ruídos e movimentos inexplicáveis.

 8. El Cucuy - México


Segundo o folclore mexicano, El Cucuy é uma criatura pequena, medonha e peluda com olhos vermelhos brilhantes. Ele tem orelhas grandes como um morcego e uma boca cheia de dentes afiados.

A lenda foi transmitida ao longo dos anos, pelos pais mexicanos que sempre alertam seus filhos: comporte-se ou El Cucuy virá e levará você embora.

Quando a noite cai, El Cucuy vem. Ele se esconde no seu armário ou embaixo da sua cama. Ele pode tomar a forma de qualquer sombra, e te observa em silêncio aguardando o momento para atacar. Então, ele te levará para o covil dele, nas profundezas das montanhas, e te devorará.

 9. Aka manto (Capa vermelha) - Japão


Aka Manto é um espírito que assombra os banheiros no Japão, geralmente o último banheiro feminino. Algumas versões descrevem-no usando uma máscara para cobrir seu rosto extremamente bonito.  Segundo essa lenda, quando a vítima estiver no banheiro, uma voz misteriosa perguntará se ela deseja papel vermelho ou azul. Se você responder papel vermelho, você será morto violentamente e encharcado de sangue. Se você pedir pelo azul, você é estrangulado até que sua pele fique azul.

Tentar pedir qualquer outra cor de papel fará com que apareçam mãos de dentro do vaso, que te arrastarão até o Inferno.

Em outras versões, o fantasma simplesmente perguntará se você quer uma capa vermelha, e então ele rasgará a pele de suas costas. A única resposta que poupará a vítima é recusar qualquer coisa que ele ofereça.

 10. O homem do saco - Brasil


O homem do saco, ou velho do saco, é uma lenda que começou durante o século 19 no Brasil, e que é muito contada pelos pais que querem amedrontar seus filhos.

Essa lenda urbana conta sobre um velho, de aparência suja, que anda pelas ruas com um enorme saco em suas costas. Ele captura crianças malcriadas, ou que estejam andando sozinhas na rua a noite. Segundo a lenda, ele as coloca dentro do saco e as leva para sua casa, usando seus corpos para fazer sabão.

 11. La Llorona

 

Dizia-se que ela era uma mulher indígena apaixonada por um cavalheiro espanhol, com quem teve três filhos. Ele sempre a visitava, mas nunca formalizou a relação.

algum tempo depois, ele se casou com uma mulher espanhola. Ao ficar sabendo disso, a mulher indígena enlouqueceu de dor, foi ao rio, afogou seus três filhos e suicidou-se.

Desde então, o seu fantasma fica gritando 'Ai, meus filhos!' ou gemendo bem alto, andando na beira do rio onde matou seus filhos

 OBSERVAÇÃO: Tem outras versões para essa lenda.

  12. O sol vermelho


 

Esta lenda romântica é também um belo exemplo de como as culturas pré-hispânicas viam os acontecimentos da natureza como mensagens dos deuses.

O herói da história se chamava Igtá, um jovem atleta que se apaixonou por Picazú, uma das mulheres mais bonitas de sua tribo. Como o afeto era recíproco, e contando com a aprovação de suas famílias, talvez alguém pensasse que eles poderiam se unir no casamento sem problemas. Mas não foi assim, pois tiveram que superar muitas outras provas. A primeira foi pedir a permissão da Lua através de Tuyá, o ancião sábio da tribo. Felizmente, a estrela com uma luz brilhante no céu noturno deu sua aprovação. Então, o chefe da tribo decidiu testar a capacidade de Igtá, fazendo-o nadar por um longo tempo numa lagoa, e depois mandou-o caçar para a tribo. Longe de recuar, ele cumpriu todas as exigências, superando-as em tempo e quantidade. Eles se casaram em seguida, mas infelizmente isso não significou um final feliz para os protagonistas, porque ainda faltava a aprovação de Tupá, o deus bom. Este, infelizmente, expressou sua desaprovação da união com uma forte chuva que todos interpretaram como seu choro. O casal foi então exilado numa ilha onde viviam todos os casais cujos casamentos não foram aprovados por Tupá e, enquanto os dois partiam nadando, o povo, para diminuir a punição do deus, insultava-os. Logo depois, um membro da tribo atirou uma flecha neles, e muitos outros se juntaram à ação, colocando assim em risco a vida de Igtá e Picazú. De repente, o sol do entardecer foi pintado de um vermelho intenso que tingiu da mesma cor a terra e o céu. Isso impactou a multidão, que fugiu aterrorizada, o que permitiu que os amantes escapassem vivos. Finalmente chegaram à ilha onde poderiam viver seu amor felizes para sempre (exilados, é claro).

 


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