Lendas são narrativas transmitidas oralmente pelas pessoas com o
objetivo de explicar acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais. Para isso há
uma mistura de fatos reais com imaginários. Misturam a história e a fantasia.
As lendas vão sendo contadas ao longo do tempo e modificadas através da
imaginação do povo. Ao se tornarem conhecidas, são registradas na linguagem
escrita. Do latim legenda (aquilo que deve ser lido), as lendas inicialmente
contavam histórias de santos, mas ao longo do tempo o conceito se transformou
em histórias que falam sobre a tradição de um povo e que fazem parte de sua
cultura.
Características
de uma Lenda:
·
Se utiliza da
fantasia ou ficção, misturando-as com a realidade dos fatos.
·
Faz parte da
tradição oral, e vem sendo contada através dos tempos.
·
Usam fatos
reais e históricos para dar suporte às histórias, mas junto com eles envolvem a
imaginação para “aumentar um ponto” na realidade.
·
Fazem parte da
realidade cultural de todos os povos.
·
Assim como os
mitos, fornecem explicações aos fatos que não são explicáveis pela ciência ou pela
lógica. Essas explicações, porém, são mais facilmente aceitas, pois apesar de
serem fruto da imaginação não são necessariamente sobrenaturais ou fantásticas.
·
Sofrem
alterações ao longo do tempo, por serem repassadas oralmente e receberem a
impressão e interpretação daqueles que a propagam.
Conheça as
principais lendas do folclore brasileiro:
·
Saci-pererê
Nome de origem tupi-guarani, o Saci-pererê é uma das lendas brasileiras mais
conhecidas. ...
·
Curupira. ...
·
Mula sem
Cabeça. ...
·
Lobisomem. ...
·
Boitatá ...
·
Boto. ...
·
Cuca. ...
·
Negrinho do
Pastoreio.
1. O assobiador - Venezuela
Há uma lenda urbana na Venezuela em torno de
"El Silbón" (O Assobiador), uma figura conhecida nas planícies e
pradarias do país.
O assobiador é geralmente descrito como um
homem muito magro, vestido com roupa de vaqueiro e uma chapéu de aba larga que
esconde sua face esquelética. Ele vagueia pelo campo e pelos matagais à noite,
com ombros caídos e olhar para baixo, carregando uma bolsa pesada cheia de
ossos e restos decompostos em suas costas.
Fiel ao seu nome, a entidade continuamente
assobia muito alto. Ele também é muito alto e forte, com alguns relatos
descrevendo-o como mais de seis metros de altura.
Há rumores de que ele ataca viajantes
solitários, especialmente homens bêbados ou infiéis. Diz a lenda que apesar de
seu assobio ser escutado alto e próximo, ninguém consegue ver de onde ele vem.
E ao contrário da lógica, quando o som diminui e parece mais distante, é quando
o assobiador está mais próximo.
2. Chupacabra - Porto Rico
Apesar do Chupacabra também ser conhecido no
Brasil, no México e nos EUA, essa lenda começou em Porto Rico.
Chupacabra é uma criatura que é conhecida por
sugar o sangue de animais, em particular, de cabras. A descrição dessa criatura
é que ela se parecia com um urso, mas tem espinhos nas costas que vão do
pescoço até a cauda. Outras descrições acrescentam que tem pele escamosa.
Ele foi classificado como uma lenda urbana
pois acredita-se que as testemunhas podem ter confundido a criatura com um
coiote. Vários documentários tentaram localizar a criatura, mas nada foi
comprovado.
3. Bloody Mary (Maria sangrenta) - EUA
Essa lenda tem sua versão brasileira, que é
conhecida como "Loira do Banheiro". Para invocá-la, as crianças
deveriam ir ao banheiro e dar descarga três vezes, dizendo xingamentos.
4. Black Shuck (cão negro) - Inglaterra
Black Shuck é o nome dado a um cão negro que
dizem vagar pelo leste da Inglaterra. O cão é descrito como sendo grande e
peludo, e costuma aparecer a noite. Esse animal geralmente é associado ao
diabo, e sua aparição é considerada um presságio da morte.
Por outro lado, algumas histórias dizem que
esse animal ajuda os viajantes perdidos a chegarem aos seus destinos,
contradizendo as afirmações de que traz má sorte entrar em contato com a
criatura.
Conheça também a história de Krampus, o demônio do natal.
5. Nora, a freira - País de Gales
Uma mulher chamada Nora assombra alguns
bosques no País de Gales. Perto de uma floresta, há um antigo castelo do século
XII ou XIII, onde dizem que ela viveu. Há relatos de que muitas pessoas a
viram, e até acidentes de carro aconteceram perto desse bosque, que ocorriam
quando a pessoas desviavam de uma freira que aparecia em pé no meio da estrada.
A lenda diz que Nora era uma freira que
morava neste castelo, e ela conheceu um guarda que a engravidou. Depois que seu
pecado foi descoberto, ela deveria ser executada por ir contra a palavra de
Deus, mas ela correu do castelo com o bebê e escondeu-o no tronco de uma árvore,
com a intenção de voltar para buscá-lo depois que escapasse de seus
perseguidores.
Ela finalmente conseguiu escapar, mas quando
voltou para o bebê, ela não conseguiu encontrá-lo. Nora vasculhou a floresta
dia e noite até que acabou morrendo, e a lenda conta que ela nunca irá
descansar até encontrar o bebê.
6. O basilisco - Suíça
Essa lenda urbana diz que sob uma certa fonte existe um tipo de "Câmara Secreta" onde, uma vez, um basilisco fez seu ninho. Ele tinha cabeça e pés de ave e um corpo de lagarto, com asas semelhantes à dragões. Foi dito que ele nasceu quando uma galinha abandonou um ovo, que foi adotado e chocado por uma cobra. Então, ele costumava vagar pelas ruas à noite e procurar por sua mãe que o abandonou.
Essa lenda urbana surgiu por volta do século
XI, mas até hoje o animal é importante para a cidade, existindo estátuas de
basilisco em muitas das fontes do país.
7. A aldeia amaldiçoada de Kuldhara - Índia
Segundo a lenda, o maligno Salim Singh,
primeiro-ministro do Estado, se interessou pela filha do chefe da aldeia de
Kuldhara, na Índia. Ele desejava casar-se com ela a todo custo, ameaçando a
aldeia caso seu desejo não se realizasse.
Mas em vez de se submeter à ordem do tirano,
a população da aldeia decidiu abandonar seus lares ancestrais e desaparecer. E
isto não foi tudo; antes de sair, eles lançaram uma maldição em Kuldhara de que
ninguém jamais seria capaz de viver naquela aldeia depois disso. Desde então, a
aldeia permanece estéril, e mesmo hoje visitá-la é apenas algo que os corajosos
fariam.
Também é dito que pessoas que tentaram ficar
lá à noite foram perseguidas por estranhos fenômenos paranormais. Os membros da
Sociedade Paranormal de Nova Deli ficaram uma noite na aldeia e relataram
acontecimentos sobrenaturais, como sombras, passos, ruídos e movimentos
inexplicáveis.
8. El Cucuy - México
Segundo o folclore mexicano, El Cucuy é uma
criatura pequena, medonha e peluda com olhos vermelhos brilhantes. Ele tem
orelhas grandes como um morcego e uma boca cheia de dentes afiados.
A lenda foi transmitida ao longo dos anos,
pelos pais mexicanos que sempre alertam seus filhos: comporte-se ou El Cucuy
virá e levará você embora.
Quando a noite cai, El Cucuy vem. Ele se
esconde no seu armário ou embaixo da sua cama. Ele pode tomar a forma de
qualquer sombra, e te observa em silêncio aguardando o momento para atacar.
Então, ele te levará para o covil dele, nas profundezas das montanhas, e te
devorará.
9. Aka manto (Capa vermelha) - Japão
Aka Manto é um espírito que assombra os banheiros no Japão, geralmente o último banheiro feminino. Algumas versões descrevem-no usando uma máscara para cobrir seu rosto extremamente bonito. Segundo essa lenda, quando a vítima estiver no banheiro, uma voz misteriosa perguntará se ela deseja papel vermelho ou azul. Se você responder papel vermelho, você será morto violentamente e encharcado de sangue. Se você pedir pelo azul, você é estrangulado até que sua pele fique azul.
Tentar pedir qualquer outra cor de papel fará
com que apareçam mãos de dentro do vaso, que te arrastarão até o Inferno.
Em outras versões, o fantasma simplesmente
perguntará se você quer uma capa vermelha, e então ele rasgará a pele de suas
costas. A única resposta que poupará a vítima é recusar qualquer coisa que ele
ofereça.
10. O homem do saco - Brasil
O homem do saco, ou velho do saco, é uma
lenda que começou durante o século 19 no Brasil, e que é muito contada pelos
pais que querem amedrontar seus filhos.
Essa lenda urbana conta sobre um velho, de
aparência suja, que anda pelas ruas com um enorme saco em suas costas. Ele
captura crianças malcriadas, ou que estejam andando sozinhas na rua a noite.
Segundo a lenda, ele as coloca dentro do saco e as leva para sua casa, usando
seus corpos para fazer sabão.
Dizia-se que ela era uma mulher indígena
apaixonada por um cavalheiro espanhol, com quem teve três filhos. Ele sempre a
visitava, mas nunca formalizou a relação.
algum tempo depois, ele se casou com uma
mulher espanhola. Ao ficar sabendo disso, a mulher indígena enlouqueceu de dor,
foi ao rio, afogou seus três filhos e suicidou-se.
Desde então, o seu fantasma fica gritando
'Ai, meus filhos!' ou gemendo bem alto, andando na beira do rio onde matou seus
filhos
Esta lenda romântica
é também um belo exemplo de como as culturas pré-hispânicas
viam os acontecimentos da natureza como mensagens dos deuses.
O herói
da história se chamava Igtá, um jovem atleta que
se apaixonou por Picazú, uma das mulheres mais bonitas de sua tribo.
Como o afeto era recíproco, e contando com a aprovação
de suas famílias, talvez alguém pensasse que eles poderiam se unir
no casamento sem problemas. Mas não foi assim, pois tiveram que superar muitas outras provas. A primeira
foi pedir a permissão da Lua através de Tuyá, o ancião
sábio da tribo. Felizmente, a estrela com uma luz brilhante
no céu noturno deu sua aprovação. Então, o chefe da tribo
decidiu testar a capacidade de Igtá, fazendo-o nadar por um longo
tempo numa lagoa, e depois mandou-o caçar para a tribo. Longe
de recuar, ele cumpriu todas as exigências, superando-as
em tempo e quantidade. Eles se casaram em seguida, mas
infelizmente isso não significou um final feliz para
os protagonistas, porque ainda faltava a aprovação de Tupá,
o deus bom. Este, infelizmente,
expressou sua desaprovação da união com uma forte chuva que
todos interpretaram como seu choro. O casal foi então exilado numa ilha
onde viviam todos os casais cujos casamentos não foram aprovados por
Tupá e, enquanto os dois partiam nadando, o povo, para diminuir
a punição do deus, insultava-os. Logo depois, um membro
da tribo atirou uma flecha neles, e muitos outros se juntaram
à ação, colocando assim em risco a vida de Igtá e Picazú.
De repente, o sol
do entardecer foi pintado de um vermelho intenso que tingiu
da mesma cor a terra e o céu. Isso
impactou a multidão, que fugiu aterrorizada, o que permitiu que
os amantes escapassem vivos. Finalmente chegaram à ilha onde poderiam
viver seu amor felizes para sempre (exilados, é claro).